Infelizmente, acredito que esse "novo mercado" não movimentará muito dinheiro. Poucas grandes empresas se darão ao luxo de romper duradouros contratos com agências renomadas para se arriscar nas mãos de internautas que elas não podem ver. Com as grandes empresas presas a agências simplesmente pelo elevado custo de mudança, observamos frequentemente a entrega de jobs que atendem ao briefing, mas são carentes de criatividade e conteúdo.

Empresas
As pequenas empresas que apostarem no mercado colaborativo terão mais vantagens do que desvantagens. Cada projeto (FreshlyBranded) recebe pelo menos 10 propostas entregues no prazo, mas normalmente um número muito maior de sugestões é enviado. Além disso, a empresa recebe jobs de pessoas vindas de culturas, países e backgrounds diferentes por um preço que pode ser deliberadamente baixo. Por outro lado, a empresa não pode solicitar uma refação e é obrigada a pagar por uma das peças, mesmo que não se satisfaça com nenhuma. Outro agravante é o fato da empresa disputar o foco com outros jobs postados no site e caso o briefing não seja atraente ou o valor pelo job seja baixo, provavelmente o número de propostas não será muito maior do que 10 e elas não devem apresentar grande qualidade.

Criativos

Acho que asituação é mais ingrata para esse lado. Primeiro que a criação de um mercado paralelo deve abaixar o preço pago por um job. Se a moda pega, as agências terão que cobrar menos para concorrer com o novo mercado, e no próprio site os preços médios são baixos. Em compensação, o novo mercado sugere uma concorrência baseada pura e simplesmente no talento. Nesse darwinismo publicitário, os grandes criadores podem surgir sem trabalhar para uma agência específica no conforto dos seus lares ou ainda deixar de fazer um job cujo valor ou brefing não são atraentes.