B1G1 - Um novo modelo de negócios baseado na generosidade

Posted: 24 de agosto de 2010 by Finho in Marcadores: ,
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Depois de alguns anos contando com razoável sucesso em terras estrangeiras, o Tryvesrting e a Compra Coletiva chegaram ao Brasil. Em pouco tempo, vimos uma adoção massiva e frenética dos consumidores nos dois modelos de clubes de compra.

A primeira moda foi o Tryvesrting personificado pelo Clube Amostra Grátis e o Sample Central e depois veio o modelo de Compra Coletiva utilizado por diversos sites, mas conhecido principalmente pelo Peixe Urbano.

Guardadas as diferenças, os dois modelos de negócio têm um importante denominador: A busca por produtos a um preço mais acessível ou gratuito. Sem dúvida nenhuma, essa premissa é extremamente apelativa para o consumidor brasileiro.

Atualmente, existe uma outra tendência ganhando força no exterior. Trata-se das iniciativas B1G1, que podem ser traduzidas por "Compre 1, Doe 1".

Funciona da seguinte maneira: Quando um consumidor compra um produto que utiliza o B1G1, a empresa se encarrega de doar algo para algum povo necessitado, geralmente relativo ao próprio produto. Exemplo: a empresa californiana de Vinhos CellarThief doa o equivalente a 100 dias de água potável para cada garrafa de vinho vendida.

No site Buy One, Give One, é possível ver diversos empreendimentos ao redor do mundo que se valem do B1G1.

Tenho dúvida se esse modelo de negócios pode ser bem sucedido no Brasil. Entendo que os consumidores brasileiros ainda não são maduros o suficiente para gastarem mais por causas sustentáveis ou filantrópicas.

Apesar disso, vale ressaltar que existe uma forte pressão para que os consumidores (principalmente de classes A e B) comprem de forma mais saudável e consciente e o B1G1 pode ser uma solução interessante.

Para as empresas, vejo o B1G1 como uma alternativa melhor para a imagem de marca do que o Tryvesrting ou Compra Coletiva.

Uma empresa que se associe ao Tryversting ou a Compra Coletiva recebe grande incentivo à experimentação, que pode gerar aumento no número de vendas. Por exemplo, quando muitas pessoas experimentam um bom Temaki por 2,90, se espera que uma parcela delas continue consumindo o Temaki por 10,00. No entanto, a imagem da marca se mantém inalterada.

Enquanto isso, uma empresa que se associe à prática B1G1 demonstra que está atenta ao ambiente que a cerca, fazendo um mea-culpa e estabelecendo um modo de devolver à sociedade, o que ela retirou. É uma boa forma de ligar sua imagem ao desenvolvimento de um mundo mais igualitário e justo.

1 comentários:

  1. A. Marcos says:

    Ninguém faz nada pensando nos outros. Quando fazemos algo pelo outro estamos, no fundo, atendendo a uma necessidade íntima de nos sentirmos melhores com o que fazemos.

    Eu chamaria isso de utilitarismo, não generosidade!

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