Marketing: Percepção e realidade - Parte 2

Posted: 12 de agosto de 2010 by Finho in Marcadores:
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Para entender leia esse texto antes


Exagero?

Então como podemos explicar que os consumidores que bebem coca-cola sem o tradicional corante caramelo poucas vezes conseguem reconhecer o produto? Como podemos nos assustar em um ambiente de jogo de espelhos mesmo conhecendo fisicamente a sua natureza? Como conseguimos ingerir mais bebida alcóolica quando não sentimos o seu cheiro?

Não gostaria de entrar em questões filosóficas, mas sim apenas de explicar a dimensão da nossa responsabilidade como marketeiros. Quando criamos campanhas, somos capazes de influenciar consumidores a ponto de distorcer inclusive, atributos físicos/racionais do produto.

Se você acha que eu estou viajando, apresento mais duas provas: Calças Diesel e Testes Cego. Alguns compradores de calças diesel, reconhecidamente tidas como calças jeans por um preço muito alto, tentam argumentar sobre os motivos que os levaram a comprar a calça com aspectos técnicos.

Ao associar aspectos técnicos (como a resistência do tecido) com o preço alto, os consumidores desmerecem a influência das megacampanhas. E isso não é somente um mecanismo de defesa; os consumidores REALMENTE acreditam que estam pagando mais por um produto melhor. Da mesma forma, quando alguns queijos entram em promoção, eles são menos vendidos porque os consumidores acreditam que o preço baixo está associado à má qualidade. Isso não é mais um exemplo de algo emocional interferindo no campo racional?

Por fim, trago o exemplo dos testes cegos. O teste cego também busca "abrir os olhos" do consumidor, mostrando que muitas vezes, nós temos gostos diferentes do que imaginamos. Gostos que são moldados pela publicidade e não pelo próprio uso do produto. E na maioria das vezes, eles estão certos.

Apesar disso, mesmo que racionalmente nós entendamos que a melhor água do mundo é a Água Schin, nós sempre iremos nos lembrar que a Schincariol é uma péssima cerveja e continuar tomando Minalba. Mesmo que optemos por Kaiser, escolheremos Stella, Heineken, Skol ou Bohemia pela aura cool que circunda essas marcas míticas.

Nós consumimos com TODOS os sentidos em uma dimensão que muitas vezes extrapola a racionalidade. Talvez seja por isso que nossa atuação é tão complexa e tão cativante.

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