Breve análise - As empresas mais inovadoras de 2010

Posted: 21 de fevereiro de 2010 by Finho in Marcadores: , , , , , , , , , , ,
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Obrigado ao Avz pela colaboração na construção desse Post.

O site FastCompany publicou recentemente uma lista das 50 empresas mais inovadoras de 2010. Achei curiosa a presença de diversos empreendimentos que eu desconheço. Com alguma pequena propriedade, resolvi fazer um exercício de futurologia e escrever sobre o futuro dos negócios relacionados à internet mais conhecidos presentes na lista.


Facebook - 1 Posição
A rede social de Zuckenberg que recentemente virou queridinha no Brasil alcançou a posição de líder no ranking. Após algumas tentativas de compra e a relutância do seu dono para vender o negócio, o valor de mercado do Facebook parece estar caindo vertiginosamente. Redes sociais e publicidade online ainda se conversam de forma tímida e a saída pode estar na criação de aplicativos diferenciados. O fato é que a ideia de publicar anúncios dirigidos não foi bem recebida pelos usuários da rede e o modelo publicitário em comunidades sociais precisa ser estudado com cautela e revisto.


Amazon - 2 Posição
Um belíssimo modelo de negócios que elevou o varejo online a um patamar de destaque. A Amazon nos ensinou que o custo de estoque de um produto digital é quase zero e que existe demanda latente por praticamente qualquer produto. A navegabilidade do site também é tão boa que virou referência para todos os sites de e-commerce. Agora a gigante precisa provar que pode enfrentar a Apple de peito aberto na guerra pelo controle dos livros virtuais. O modelo da Amazon de precificação fixa por 9,99 dólares por livro não agradou às editoras que passaram a flertar com a Apple.


Apple - 3 Posição
Depois de devorar o mercado com IPods e IPhones, a marca mais adorada do mundo nos apresentou sua nova aposta, o IPad. As opiniões foram bastante polêmicas. Enquanto alguns acharam a invenção mais interessante da década, outros o consideraram um Netbook ou um IPhone com elefantíase. Nessa, eu não desço do muro por nada. Por um lado, concordo que o IPad carece de gadgets, sistema aberto e reais inovações. Por outro lado, A Apple tem uma legião de fãs que podem sustentar o sucesso de um novo produto. Acredito que o caminho para o IPad é concentrar-se na venda de livros virtuais. O acordo com o NY Times e a possibilidade de as editoras estabelecerem o seu preço de venda para livros virtuais aparecem como grandes trunfos do IPad.


Google - 4 Posição
O império do gratís aparece com força em 2010. Depois de revolucionar o mercado com os links patrocinados e as adwords, a empresa promete correr atrás de mais inovações na área de publicidade online. O algoritmo mágico do Google parece agradar anunciantes e agências. Os produtos oferecidos pelo Google são bastante difundidos. Resta saber se a empresa não sofrerá do "efeito Mcdonalds", ou seja, incapacidade de apresentar resultados financeiros crescentes devido ao seu imenso tamanho.


Hulu - 11 Posição
Pouco conhecido aqui no Brasil, o Hulu é um site de streaming de vídeos que apresenta principalmente séries de TV. Despertou-me curiosidade, o fato do Hulu aparecer nessa lista, pois até onde eu sei, o Hulu é muito similar ao Youtube. O sucesso dos negócios de streaming de conteúdo (seja vídeos, músicas ou outra forma) dependem de acordos comerciais com as reponsáveis pelo conteúdo. Novamente, fico dividido. Entendo que é muito positivo encontrarmos na internet um local para download de vídeos oficiais pagos ou gratuitos.

Existe espaço para os dois: enquanto o Youtube se encarregaria de broadcastar filmes caseiros, o Hulu poderia assumir o papel de reproduzir apenas conteúdo de produtoras gravadoras. O problema é que as gravadoras não são parceiras duradouras. De uma hora para outra, elas podem entender que não é viável disponibilizar seu conteúdo na internet e cancelar o acordo, prejudicando o site. Isso está ocorrendo atualmente com a Warner abrindo fogo contra os melhores empreendimentos músicais da internet.


Netflix - 12 Posição
Essa foi a empresa que arrasou as lojas físicas de aluguel de filmes. O que a Amazon fez pelo varejo, a Netflix fez pelos filmes. Ouve-se por aí que ninguém está disposto a pagar por conteúdo que se encontra gratuitamente na internet. Isso é uma meia verdade, pois a conta não considera o tempo despendido na busca por um arquivo de alta qualidade e a possibilidade de baixar um arquivo defeituoso ou até com vírus. A ITunes Store e o Netflix servem para mostrar que, SIM, nós estamos dispostos a pagar por conteúdo se eles forem facilmente disponibilizados a um preço justo. A questão que reside é: Qual é o preço justo?
Eu sinceramente não sei qual caminho a Netflix seguirá, pois o delivery de flmes já alcancou um nível muito alto. Estou torcendo para que ela aposte em interações ON-OFF, promovendo exibições em salas reais, mas é mais uma vontade minha do que um conselho de negócios.


Twitter - 50 Posição
A criação de Biz Stone virou o xodó dos brasileiros. Nós amamos o Twitter; ficamos diversas horas do nosso dia e o crescimento no número de usuários é impressionante. Mas agora que nós sabemos que podemos escrever o que desejamos, em qualquer lugar, a qualquer hora, desde que tenha até 140 caracteres, o que nos sobra?

De um modo geral, o conteúdo é relevante pra alguém? Pelo menos para duas empresas, sim. A Google e a Microsoft pagaram 45 Milhões de reais para indexar o Twitter em suas buscas, permitindo que o usuário consiga compreender o mundo, em tempo real. Solução interessante para os 3 players em questão, mas eu entendo que a magia do Twitter para por aí. Interessante para usuários, mas nem tanto para investidores. Aguardemos para ver se Biz Stone tem fôlego para segurar o seu negócio.

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