Devo confessar que escrevo esse texto altamente influenciado pelo filme A Origem. Sem entrar em detalhes da história, acredito que o diretor produziu uma obra interessantíssima, que aborda, entre outros assuntos, a distinção entre a percepção e a realidade.

Depois de assistir A Origem, comecei a divagar sobre como esses dois conceitos - percepção e realidade - coexistem de um modo geral e mais precisamente, no mundo da publicidade e do marketing.

Primeiramente vale frisar que a separação entre sonho (percepção) e realidade ainda é bastante confusa na cabeça do ser humano. Quando estamos dormindo conseguimos recriar um mundo perfeito em nossa mente não apenas no sentido visual. Conseguimos SENTIR o sonho. Uma pessoa que nasceu cega consegue enxergar algo, uma pessoa que enxerga consgue alcançar o orgasmo. Frequentemente, trazemos influências externas para dentro dos nossos sonhos, como o som de um despertador que se transforma em um alarme ou sirene.

Quando estamos acordados, recebemos influências externas que nos levam a sonhar ou imaginar alguma situação.

E é exatamente nesse terreno entre percepção e realidade onde as marcas atuam. As faculdades tentam nos ensinar a diferença entre um atributo racional e um atributo emocional do produto, mas o que poucos dizem é que: PERCEPÇÃO É REALIDADE.

Quando um consumidor recebe diferentes esímulos de uma marca apontando para uma mesma idéia durante um período longo de tempo, ele passa a adotar essa ideia. E o que originalmente era apenas uma percepção, passa a ser uma realidade que supera todos os instintos que apontam para a racionalidade.

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